Até o final do século XIX, a maior parte da área onde hoje estão os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte pertencia à Sabará, uma das cidades mais antigas de Minas Gerais, fundada ainda no período colonial.
Pertenciam à Sabará diversas outras povoações de menor estatura, dentre as quais: Curral Del Rei (atual Belo Horizonte), Santa Quitéria (atual Esmeraldas), Campanha (atual Venda Nova), Vera Cruz de Minas (hoje em Pedro Leopoldo), Vargem da Pantana (atual Ibirité), Capela Nova do Betim e Bandeirinha do Paraopeba (atual Betim) e Raposos, além de outras.
Esse antigo arranjo centrado em Sabará viria a sofrer grandes transformações com a Proclamação da República Brasileira em 1889. Nesta ocasião, o País passou a ser constituído de uma Federação, cujas Unidades Federativas passaram a refletir uma descentralização do poder antes concentrado majoritariamente no Rio de Janeiro, a Capital do Brasil Imperial.
Neste contexto, as Capitais das então instituídas Unidades Federativas ganharam maior relevância no cenário nacional. Contudo, no caso de Minas Gerais, a então capital Ouro Preto não apresentava topografia que viabilizasse o desenvolvimento e o crescimento urbano apropriado à magnitude vislumbrada para uma capital estadual nos moldes republicanos.
Assim, o chamado Congresso Mineiro aprovou o pedido feito pelo então governador Augusto de Lima e incluiu uma disposição na Constituição Estadual para que ocorresse mudança da capital para local que reunisse as condições ideais. Com isso, cinco localidades foram sugeridas: Paraibuna (atual Juiz de Fora), Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal (hoje bairro de São João Del Rei) e o Curral Del Rei, mencionado no início.